O grupo saiu por volta das 11h10 do Masp, na avenida Paulista, centro de São Paulo, e seguiu em direção à Assembleia Legislativa de São Paulo. Às 11h20, ocuparam duas faixas da Paulista no sentido zona sul.
A grande maioria vestia uma camiseta com a mensagem: "A família brasileira diz não à liberação da maconha". Alguns também carregam faixas com dizeres como "A legalização da maconha destrói seu filho" e "Você daria maconha ao seu filho?".
Parte deles foi vestida de hippie para o protesto. "O sonho de liberdade do movimento hippie hoje está sendo usado na campanha pela liberação da maconha", justifica o historiador Marcelo Borges, 30, que veio de Goiânia.
Os manifestantes são ligados ao Instituto Espiritual Xamanico Céu Nossa Senhora da Conceição, presente em 150 cidades do país, e liderado pelo "escritor ecumênico" Xamã Gideon dos Lakotas, fundador da entidade. Parte dos que protestam na Paulista hoje veio de outros Estados e de cidades do interior de São Paulo.
"É uma maneira de dar o alerta ao Brasil de que há meia dúzia de homens arrogantes assustando a multidão de homens indecisos. São políticos falidos que querem aparecer, como o Fernando Henrique Cardoso", diz Gideon dos Lakotas.
O grupo faz frente aos organizadores da Marcha da Liberdade, ocorrida em várias cidades, entre elas São Paulo, no último dia 18 de junho, e da Marcha da Maconha, realizada em 2 de julho.
A manifestação ocorre na esteira do debate sobre a descriminalização da maconha.
A exemplo dos atos pró-maconha, o movimento contra foi organizado via redes sociais na internet (principalmente Facebook) e blogs.
Em carta, o grupo diz que "nosso país hoje se depara com a real ameaça de um colapso social". "Até o presente momento, apenas aqueles que defendem a liberação da maconha estão se manifestando com alguma relevância. Com este propósito, até mesmo marchas são organizadas, levando aos holofotes da mídia o seu grito inconsequente", diz o texto.
Segundo a entidade, "o povo brasileiro sabe que a maconha não deve ser liberada". O movimento, diz a carta, surgiu por iniciativa de um grupo de amigos e começou a ser divulgado em escolas, universidades, movimentos sociais, ONGs, além "de irmãos de fé das mais diferentes crenças e religiões".
De acordo com os organizadores, Gideon é um escritor que dá cursos e ensinamentos religiosos. O grupo, criado em Minas Gerais, se autodenomina uma obra de caridade sem fins lucrativos, dedicada ao aperfeiçoamento espiritual do ser humano. "Não queremos uma nação de drogados e viciados", diz a carta do movimento
Segundo os organizadores, o grupo vai propor à Câmara dos Deputados a realização de um plebiscito no país sobre a liberação da droga. Garantem que 80% dos brasileiros serão contra a descriminalização. A reunião na Câmara está marcada para 10 de agosto.
Uma outra manifestação contra a droga também já está marcada. De acordo com o grupo, o ato de hoje é só um "aviso" --uma manifestação bem maior é planejada para o dia 17 de dezembro.
FONTE :PORTAL UOL
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